Existe um tipo de dor que não sangra, mas corrói por dentro: a dor de ser ferido por alguém que já foi importante. Uma adolescente compartilhou: “Minha melhor amiga de infância tem espalhado mentiras sobre mim. Ela age normalmente quando está comigo, mas descubro depois que andou dizendo coisas que nunca falei, colocando as pessoas contra mim. O pior é que eu não sei exatamente o que ela diz, nem para quem, então não tenho como me defender. Isso tem me deixado ansiosa, paranoica até. Eu só queria entender por que ela está fazendo isso… e como fazer parar.” Essa situação, além de difícil, traz um convite profundo: o de buscar sua paz mesmo quando a injustiça parece estar ganhando.
O primeiro impulso é querer controlar. Saber quem falou o quê, responder, se justificar, tentar fazer com que a amiga pare. Mas isso só alimenta a dor. Porque quanto mais você pensa na traição, mais você a ativa dentro de você. E quanto mais a ativa, mais vibra em uma frequência que atrai experiências semelhantes. É como se sua atenção virasse um ímã. Por isso, antes de querer corrigir o outro, o caminho mais sábio é corrigir a si — não por culpa, mas por liberdade.
Você não tem como mudar o que ela faz. Mas pode mudar o que você pensa. E isso muda tudo. Em vez de pensar “por que ela está fazendo isso comigo?”, experimente: “isso não tem a ver comigo, tem a ver com o que ela sente.” Ao fazer isso, você começa a separar a sua energia da dela. E esse espaço é necessário para voltar ao seu equilíbrio.
Quando você está em paz, sua vibração fala mais alto do que qualquer boato. Se alguém ouvir uma mentira sobre você, mas sentir sua leveza, sua presença limpa, sua coerência, essa pessoa simplesmente não acreditará. Porque a verdade mais forte não é a que se grita — é a que se sente. E quando você está alinhada com quem você é, nenhuma fofoca consegue competir com a clareza da sua energia.
Talvez essa amiga esteja agindo assim por insegurança, inveja, confusão emocional. Mas o motivo não muda o fato: isso não define você. E quanto menos você reagir, mais rápido a situação perde força. Isso não significa ser passiva, mas escolher sua paz como prioridade. Não para evitar o confronto, mas para não perder sua essência.
Você pode pensar: “Estou atraindo pessoas que refletem a verdade da minha vibração.” E se alguém está agindo com deslealdade, talvez isso esteja revelando um antigo padrão de permitir demais, confiar sem filtro, esperar que o outro te valorize para se sentir bem. Agora é hora de mudar esse padrão. E isso começa ao escolher pensamentos que te elevem.
Experimente afirmar: “Eu não preciso que todos gostem de mim para me sentir bem.” “Eu sou verdadeira e estou em paz comigo.” “As pessoas que realmente me conhecem não serão enganadas.” Pensamentos como esses te reposicionam vibracionalmente. E quando você se realinha, começa a atrair conexões mais autênticas — amizades que edificam, não que ferem.
É possível, sim, desejar o bem a quem te feriu. Isso não significa permitir abuso, mas libertar-se da raiva. Você pode dizer: “Espero que ela fique bem. Mas minha energia não depende mais dela.” Essa frase é poderosa porque corta os laços tóxicos sem criar novos nós de ressentimento. E isso é amor-próprio em ação.
No fim, a verdadeira proteção não está em vigiar o que falam de você, mas em cultivar o que você fala para si mesma. Se suas palavras internas forem de apoio, respeito e autoconsciência, nada externo poderá te abalar por muito tempo. Porque a verdade que importa é aquela que te faz sentir leve por dentro. E isso, ninguém pode manipular.
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