segunda-feira, 16 de junho de 2025

QUANDO PARECE QUE NINGUÉM TE ENTENDE


Ser adolescente pode parecer como estar num mundo onde você ainda não tem o controle da sua própria vida, mas já sente todas as emoções de alguém que sabe o que quer. Uma garota compartilhou: “Moro com meus pais, ainda estou no ensino médio. Minhas notas são boas, não sou rebelde, e tenho alguns amigos incríveis. Mas meus pais examinam tudo que eu faço. Tenho que pedir permissão até pra coisas simples, e sinto que eles sempre acham que estou escondendo algo. Não me sinto bem com eles, e às vezes tenho medo de voltar pra casa. Sinto culpa mesmo quando não fiz nada errado. Queria só que me deixassem viver.” Essa é uma sensação mais comum do que parece — e não tem a ver apenas com regras, mas com energia, controle e a busca por liberdade interior.

O que acontece com muitos pais é que eles acreditam, sinceramente, que estão fazendo o melhor. Eles passaram por coisas, têm medos, e projetam isso sobre os filhos. E, sem perceber, transformam o cuidado em vigilância, a proteção em pressão. Mas quando você está do outro lado, como filha ou filho, isso pesa. Você quer experimentar, descobrir por si, se responsabilizar pelas suas escolhas. E quando essa liberdade é negada, é como se sua energia ficasse presa, bloqueada, sem espaço para fluir.

O caminho mais comum é querer mudar os pais: fazer com que eles entendam, aceitem, parem. Mas esse é um caminho que leva ao desgaste. Porque, por mais que você deseje que eles mudem, você não tem como controlar o que eles pensam ou fazem. A única coisa que está sob seu comando é o que você escolhe pensar — e isso, sim, tem o poder de mudar como você se sente. Quando você muda sua vibração, tudo começa a mudar ao redor, mesmo que ninguém mais perceba de imediato.

Você pode começar dizendo a si mesma: “Eu posso gostar dos meus amigos mesmo que meus pais não gostem.” Ou: “Eles têm o direito de sentir o que sentem, mas isso não define minha verdade.” E ainda: “Se eu me mantiver conectada comigo mesma, posso seguir em frente com leveza, mesmo quando eles tentarem me puxar pra trás.” Essas frases não são mágicas — mas aliviam. E o alívio é a primeira onda que te empurra de volta para o seu centro.

Não se trata de obedecer cegamente ou se rebelar sem pensar. Trata-se de encontrar o seu equilíbrio. Você pode dizer “sim” a si mesma mesmo quando o mundo ao redor diz “não”. Pode manter sua energia elevada mesmo quando a vibração da casa estiver pesada. E quando você se alinha com quem você realmente é, o poder disso é silencioso e enorme. As pessoas ao seu redor podem até não saber por quê, mas sentem que algo em você mudou.

Talvez seus pais não parem de reclamar ou criticar de uma hora para outra. Mas se você parar de se abalar com isso, a dinâmica muda. Você não alimenta mais o drama, não entra mais no ciclo de irritação e culpa. Você apenas continua sendo você, com firmeza e leveza. E aos poucos, a resistência deles se dissolve — não porque você lutou, mas porque você não resistiu.

A liberdade que você tanto quer não depende da casa onde vive, nem da idade que tem. Ela começa quando você percebe que pode escolher pensamentos que te devolvam a paz. Quando você escolhe olhar pra si com amor, mesmo que os outros ainda não vejam isso. E esse é um tipo de independência que ninguém pode tirar de você.

É claro que haverá dias difíceis. Situações injustas, momentos em que parece que ninguém te vê de verdade. Mas nesses dias, você pode respirar e lembrar: “Essa sensação não é quem eu sou. É só um pensamento que posso mudar.” E, ao mudar o pensamento, você muda sua experiência. Você não precisa fugir para ser livre — pode se libertar por dentro, aqui e agora.

E, quem sabe, em algum momento, seus pais vão olhar para você e ver não mais uma adolescente que precisa de controle, mas uma jovem que sabe o que sente, que respeita a si mesma e que encontrou sua força sem precisar brigar. Isso é influência verdadeira. Isso é maturidade vibracional. E essa é a sua maior conquista.


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